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Plantas e saúde em período de quarentena

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Foto: Reprodução/Pixabay (rawpixel)

Em todo lugar pela internet se fala sobre os benefícios da relação entre plantas e saúde, mas o que será que a ciência tem a nos dizer em sobre tudo isso? Hoje vamos falar dos benefícios de ter contato com a terra nesse momento de preocupação com a saúde e de isolamento social na quarentena.

Aqui na Hedera Paisagismo nós sempre levantamos a bandeira da jardinagem e da horticultura como práticas promotoras de bem-estar com base em nossa experiência e na vivência diária com clientes, amigos e familiares que praticam a jardinagem. Todas essas pessoas nos dizem que manipular plantas e o solo, diminui o stress do dia-a-dia. Mas não somos só nós que achamos isso.

O que a ciência diz

Ao redor do mundo existem técnicas utilizadas, inclusive por médicos, onde se faz uso da horticultura e jardinagem como ferramentas para se obter benefícios terapêuticos a partir dessa prática. Um bom exemplo é a terapia horticultural, que possui três tipos de abordagens: vocacional, terapêutica e social. 

Na abordagem vocacional, busca-se através do ensino do ofício de jardineiro, capacitar e/ou ressocializar pessoas com em situação de vulnerabilidade (presos, portadores de deficiências, pessoas desfavorecidas economicamente, etc). Enquanto isso, a abordagem terapêutica tem o objetivo de ajudar na recuperação de doenças ou traumas, sendo praticada em hospitais, centros de reabilitação, asilos, entre outros. E, por fim, a abordagem social busca aumentar a qualidade de vida das pessoas através da jardinagem como metodologia para aumentar o sentimento de bem-estar principalmente com idosos, sem-teto, portadores de deficiência e pessoas com problemas socioeconômicos.

Leia mais sobre horticultura terapêutica

Com toda certeza os benefícios de se trabalhar com jardinagem atingem não só o nosso corpo como também a nossa mente. Uma vez que trabalhamos em um jardim ou em uma horta, o nosso corpo exige uma determinada força, alongamento e coordenação motora. Dessa maneira, práticas com a terra acabam sendo também uma boa alternativa para pessoas que sofrem com dores crônicas. 

Assim também é comprovado que praticar jardinagem reduz a pressão arterial (fica a dica pra galera com hipertensão!) e gasta em torno de 250 a 500 calorias, dependendo da intensidade da atividade. Fazer uma atividade sob a luz do sol também promove a produção de vitamina D. Ainda, se estivermos falando especificamente de horticultura, temos como benefício a produção de verduras, legumes, frutas, ervas e temperos, todos presentes na alimentação das pessoas que as cultivam.

Para pessoas com doenças relacionados a stress, ansiedade e depressão, também é comprovado o efeito benéfico da jardinagem na redução dos sintomas. Em 2010, Marianne Gonzalez, Professora do Departamento de Ciências Vegetais e Ambientais na Universidade Norueguesa de Ciências da Vida (na Noruega), realizou um estudo com pessoas diagnosticadas com depressão, as quais foram submetidas a um programa de horticultura de terapêutica e, ao longo de 12 semanas de prática e 3 meses de acompanhamento, os indicadores da doença mostraram resultados positivos.

Faz bem pra todo mundo

Mas não pense que os efeitos benéficos da jardinagem surgem apenas em pessoas que possuem alguma adversidade. A jardinagem também traz vantagem a quem não tem nada a “tratar”. A partir do momento que escolhemos ter contato periódico com as plantas passamos a perceber seu crescimento, florescimento, frutificação e tantas outras respostas das queridas aos nossos cuidados que nos gera um sentimento de orgulho e dever cumprido, aumentando nossa confiança e auto estima. Isso, por percebermos que somos capazes de dar condições a um outro tipo de vida para acontecer. Para quem vive sozinho, a prática da jardinagem é profundamente recomendada por todos esses benefícios citados. Aos que moram com outras pessoas, além desses destes, ainda há a possibilidade de desenvolver novas habilidades cooperativas, compartilhar momentos, desenvolver e fortalecer as relações.

Por fim, mas nada menos importante, devemos falar sobre os benefícios cognitivos e intelectuais proporcionados pela jardinagem. Quem escolhe incorporar essa prática no cotidiano precisa estar disposto a estudar técnicas específicas e aprender um novo vocabulário. A jardinagem também está diretamente relacionada com o aumento da capacidade de observação, concentração e estimulação da memória. 

Existe, inclusive, um estudo realizado sobre uma bactéria natural do solo (Mycobacterium vaccae), que aspiramos ou ingerimos cada vez que trabalhamos com jardinagem e possui efeito positivo na capacidade cognitiva. No estudo, essa bactéria foi inserida na alimentação de camundongos e neles foi identificado um aumento na capacidade de resolução de problemas. Eles foram colocados em um pequeno labirinto e lá, os ratinhos que ingeriram a bactéria passaram pelo labirinto duas vezes mais rápido e com menor taxa de ansiedade que os ratinhos sem contato com a bactéria. Poderia esse efeito ocorrer também com todas as pessoas praticantes da jardinagem mundo afora?

Leia o livro “Os benefícios da jardinagem e cultivo de alimentos para a saúde e o bem-estar” aqui (em inglês)

Seja como for, aproveite esse tempo a mais sem poder sair para olhar para dentro do seu portão (ou paredes, pra galera de apartamento) e ver que tem bastante coisa pra praticar ali mesmo nesse período de quarentena. Curtam suas plantinhas e o ato de cuidar delas, sozinho ou com outras pessoas. E se precisar de ajuda, chama a gente!

Agora, se você quiser se aprofundar no assunto, dê uma olhada nas referências: 


Catlin, P.A.; Activity planning: Developing horticultural therapy sessions. In R.L. Haller & C.L. Kramer (Eds.), Horticultural therapy methods: Making connections in health care, human service, and community programs (pp. 33-57). Boca Raton, FL: Taylor & Francis Group, (2006).

Davis, S.; Development of the profession of horticultural therapy. In S.P. Simson & M.C. Straus (Eds.), Horticulture as therapy: Principles and practice (pp. 3- 20). Boca Raton, FL: Taylor & Francis Group, (1998).

Gonzalez, M.T.; Hartig, T.; Patil, G.G.; Martinsen, E.W.; Kirkevold, M.; Therapeutic horticulture in clinical depression: a prospective study of active components. Journal of Advanced Nursing, 66, (9), 2002–2013. doi: 10.1111/j.1365-2648.2010.05383.x,  (2010).

The benefits of gardening and food growing for health and wellbeing. Available from: https://www.researchgate.net/publication/263117318_The_benefits_of_gardening_and_food_gro-wing_for_health_and_wellbeing [accessed Apr 02 2020].

Haller, R. Vocational, social, and therapeutic programs in horticulture. In S.P. Simson & M.C. Straus (Eds.), Horticulture as therapy: Principles and practice (pp. 43- 68). Boca Raton, FL: Taylor & Francis Group, (1998).

Matthews, D.M.; Jenks, S.M; Ingestion of Mycobacterium vaccae decreases anxiety-related behavior and improves learning in mice; Behav. Process., 96 (2013), pp. 27-35.

Schmutz, U.; Lennartsson, M.; Williams, S.; Devereaux, M.; Davies, G.; The  benefits  of   gardening   and    food   Growing for   health   and    wellbeing [Online] (2014).

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